quarta-feira, 9 de abril de 2014

Iluminador

Manual do iluminador

Capaz de dar à pele um acabamento refinado, o iluminador ainda é mistério para as iniciantes em maquiagem. O maquiador Fábio Fontana ensina como usá-lo


Aprenda a usar o iluminador

Truque de maquiagem das celebridades mundo afora, o iluminador possibilita criar um jogo de luz e sombra no rosto. Quando usado corretamente, deixa até mesmo a mais simples das produções digna de tapete vermelho. Fábio Fontana, top beauty stylist do Rio de Janeiro, explica passo a passo como usá-lo.
 
Qual é a função do iluminador? Trata-se de um item essencial na necessaire?
Dizer que o iluminador é um item essencial pode soar exagerado. Mas trata-se de um produto que pode, sim, fazer muita diferença na produção final. Como o próprio nome diz, ele ilumina onde é aplicado, ou seja: ele destaca a região, cria pontos de luz. É ele quem garante aquele efeito de uma pele radiante. Em contrapartida, um iluminador mal aplicado ou usado em lugares errados pode realçar o que queremos disfarçar, principalmente em fotos (Atenção! Ele costuma refletir bastante mediante a luz do flash). Enfim, com ele é possível valorizar as feições naturais através um interessante jogo de luz e sombra.

Onde o iluminador pode ser aplicado?

Têmporas. Para conseguir o desejado efeito das passarelas aplique-o nas têmporas – entre o final dos olhos e o ossinho acima da bochecha. O segredo é fazer um C invertido subindo dos ossinhos das têmporas até o final dos olhos. Quer apenas deixar essa região destacada, mas sem aumentá-las? Limite-se às maçãs do rosto. Do contrário, capriche nesse “finalzinho” da bochecha. Não há problemas nenhum caso o iluminador “invada” a área do blush – e vice-versa. 

Olhos. Abaixo das sobrancelhas e no cantinho interno dos olhos ele também ajuda a abrir o olhar, ajudando a construir uma aparência mais descansada.

Boca e nariz. No primeiro caso, se aplicado na curvinha superior dos lábios, com formato de V, deixa uma impressão de uma boca mais cheia. Em contrapartida, na lateral do nariz, ajuda a afiná-lo. 
Lembrando que essas são diretrizes iniciais. Você pode explorar no seu próprio rosto novos jeitos de usá-lo. E também pode aplicá-lo em todos esses lugares ao mesmo tempo. 

Existem diferentes texturas. Qual é a mais adequada para cada tipo de pele? 
Isso é relativo, como tudo que envolve maquiagem. Mas em geral, podemos dizer que o que deve guiar a escolha não é somente o tipo de pele, mas a potência da cintilância que cada pessoa busca. Versões em pó são, naturalmente, mais “sequinhas”; o resultado também é mais brilhante e intenso. Produtos cremosos estão no meio termo dessa história, garantindo uma produção mais acetinada. Por fim, as opções líquidas são mais naturais e discretas. Mas, repito: não é uma regra. A indústria de beleza apresenta novidades o tempo todo e, sim, é possível encontrar um cosmético líquido com alto poder de brilho.

Há uma ordem certa para aplicá-lo em meio a outros produtos? 
Assim como a textura, esse tópico é relativo. A ordem não é um fator crucial. Uma vez que a pele esteja pronta, ou seja, uniformizada com base, pó e corretivo, costuma-se aplicar blush + pó bronzeador + iluminador. Esta ordem permite que a produção vá “crescendo” aos poucos. Se achar necessário, aplique mais blush e etc. 

Como ele pode ser aplicado?
As versões cremosas e líquidas com leves batinhas, com as pontas dos dedos, aos pouquinhos: esse é jeito mais aplicado.  Já o iluminador em pó pode ser colocado com um pincel que não seja nem tão pequeno nem tão grande – o de blush é ideal para isso. Como o iluminador não é um produto que precisa ser aplicado com precisão e nem ser esfumado, o formato do pincel pode ser negociado. Mas também dá super certo aplicá-lo com as pontas dos dedos. Nesse sentido o mais importante é: aplique aos poucos para ir sentindo a necessidade de iluminar. 

Quais dicas você dá para quem tem pele oleosa e tem receio de usar o iluminador?
Esse medo faz sentido porque o iluminador realmente chama atenção para o local onde é aplicado. Minha primeira dica é jamais utilizá-lo nas regiões oleosas, tais como zona T e sobre os poros dilatados. 

Outra consideração é que há “brilhos” e “brilhos”. O que quero dizer é o seguinte: uma coisa é o brilho de uma pele oleosa. Outra coisa é o brilho do iluminador. Lembrem-se: o segredo do iluminador é aplicá-lo no local certo e, ao menos inicialmente, com certa prudência. 

Peles oleosas requerem atenção redobrada: deve estar bem preparadas com base, corretivo e pó – este último, sobretudo, é que vai garantir a aparência sequinha, matificada. Ainda assim, aplique um pouco de cada produto. É importante construir a pele de modo mais “leve”, senão o resultado será um aspecto oleoso.
 
E se, por exemplo, for aplicado muito iluminador, como consertar?
Como se conserta tudo na maquiagem: com um pouquinho de corretivo e uma pincelada de pó. Pronto, você escondeu o exagero e, se achar que amenizou demais, aplique o iluminador novamente. Simples assim. 

É possível substituí-lo por outro produto?
Sim, sem dúvida. Em geral, qualquer produto que brilhe e que seja mais claro que o tom da pele funciona bem. Sombras e batons mais clarinhos e bem cintilantes substituem o iluminador facilmente. Outra opção - bem mais discreta, é verdade! -, são as bases iluminadoras que acendem a pele como um todo, deixando-a radiante. 

O iluminador pode ser usado no corpo? 
Com certeza! Esse, aliás, é um velho truque das celebridades – sobretudo em eventos noturnos quando as partículas dos iluminadores são privilegiadas pela luz artificial e atingem seu melhor momento. É fácil encontrar hidratantes iluminadores, mas você pode improvisar misturando um pouquinho de sombra cintilante ao seu hidratante corporal preferido. Nos ombros, nos braços e nos ossos da clavícula são sinônimos de sucesso. Deixam a pele reluzente, com um visual saudável e muito bonito!

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